quando já só com eles faz sentido...

12 fevereiro 2006

Não acredito em milagres

Mas acredito que eles possam acontecer. No meio da tua lonjura deixei escapar dois pequenos promenores. Mas que grandes pormenores, meu querido! O Milagre do Amor e da Fé.

O reencontro com a Irmã R. e a ida a Fátima.

A tarde de Domingo foi repleta. Entre os passeios, amigos, chutos na bola, estivemos com a Irmã R. Como sempre, tu quiseste ir! Pediste. Durante mais de uma hora ouvimo-la falar do encontro com Jesus, és Batisado, tens a Primeira Comunhão e o Crisma. Tens porque, aos 12 anos, TU escolheste ir para a Catequese e seguir esse caminho. Não tens rezado, é verdade - só quando joga o Sporting... - confessaste. Também conta, para mim pelo menos, e acho que Jesus não se importa. A Irmã R., como sempre, deixou nas tuas mãos a escolha ou não do caminho ao encontro de Jesus. Disse só que achava o caminho bom. Falou-te da Oração, da Reflexão, da Felicidade, da Bondade. E deixou-te seguir, sem qualquer medo de Pecado, Inferno, Punição.

No fim dessa hora, já no carro sorri para ti. Grande ensaboadela que levaste, hein?!?”. A resposta foi muito curta. Eu gosto muito de tudo o que a Irmã R. diz. Não posso acrescentar nada. Talvez só um àparte, a Irmâ R. é o caminho de todos nós.

Ontem foste a Fátima. Pelo que me contaram, não só tu, mas todos os meninos sentiram qualquer coisa de forte lá. Falaram da Vida, falaram do Papa, do que morreu e do que o veio substituir, falaram de Nossa Senhora a Mãe de todos, sobretudo dos que não têm outra. Bebeste a água que purifica. Rezaste pelo Sporting e por outras coisas que não sabes bem explicar. Já na semana passada andavas a falar desse passeio. Achei que, acima de tudo, estavas contente pelo passeio, por um dia diferente, longe dos corredores da escola, longe das fórmulas matemáticas e do “não satisfaz” do último teste. Mas não. Agora sei que foste à procura daquela senhora de que a tua Mãe tanto gostava. Falaste do pratinho, com os vossos nomes e a imagem dela numa nuvem de todas as cores, oferecida pela A. há uns anos atrás, num dia da Mãe.

Não sou eu, com toda a certeza, que te vai empurrar no sentido desse caminho. O caminho da Fé. Infelizmente não tenho esse dom, o dom de acreditar com todas as minhas forças. O dom da Fé pura. Não tenho, nunca tive e não sei como o encontrar. Mas vou, também com toda a certeza, ainda com mais certeza, ajudar-te sempre no caminho que escolheres.

de Quarta-feira, Maio 04, 2005